Israel está passando por um período de muita agitação política pois as eleições para o parlamento (Knesset) se aproximam. No dia 9 de abril, aproximadamente 6 milhões de pessoas estarão aptas a irem as urnas. Ao contrário do Brasil, o sistema eleitoral israelense é parlamentarista, ou seja, o voto é sempre dado ao legislativo, onde 120 representantes são escolhidos (o número múltiplo de doze é uma alusão às tribos de Israel), que por sua vez numa segunda instancia elegem o primeiro ministro e o presidente. Em suma, ninguém vota no primeiro-ministro diretamente, mas sim numa coalizão partidária onde os nomes de cada partido são listados e ordenados numa cédula previamente disponibilizada no próprio local de votação. Como a disputa pela maioria é muito acirrada, os pequenos partidos são importantes pois cada cadeira no parlamento pode ser essencial. Compor um governo depende de muita articulação e negociações entre os partidos. O que não é um processo simples pois o consenso não existe num sistema de tanta diversidade de ideias. A história prova que é difícil que o mandato de um primeiro ministro dure quatro anos pois os mesmos parlamentares que o elegeram têm poder para convocar novas eleições se assim considerarem necessário. Acreditem, isso é muito mais comum que imaginamos e nem sempre ocorre por defesa do interesse nacional, mas por questões políticas. O fato é que a experiência política no mundo inteiro deixa claro que não é o parlamentarismo nem o presidencialismo que resolvem problemas relacionados a corrupção, educação, distribuição de renda e saúde. Muito menos a ideologia, pois políticos de esquerda ou de direita em Israel e no mundo inteiro já provaram que a falibilidade humana é ampla, geral e irrestrita. A essa altura o leitor pode se perguntar: porque as eleições em Israel deveriam me interessar uma vez que não sou cidadão israelense? A resposta é simples, tudo que é relevante em Israel é profético pois aponta para a grande redenção que iniciou e será concluída nesse lugar. Se você se aliançou ao Deus de Israel, o governo de Israel é importante pois a expectativa messiânica é de que o Senhor retorne para Jerusalém e de lá reine sobre todos os povos. Não compreender os tempos demonstra imaturidade profética e falta de discernimento. Jerusalém é sim a capital do mundo e um dia isso ficará bem claro pois o reinado será exercido de lá. Zacarias 8:3 - assim diz o Senhor: "Estou voltando para Sião e habitarei em Jerusalém. Então Jerusalém será chamada Cidade da Verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos será chamado Monte Sagrado". Enquanto isso não ocorre, nossa função é orar para que os governantes desse século tenham não somente como plataforma política a justiça do reino de Deus, mas o interesse genuíno em implementá-la. Estou